Nascido em Madras, na Índia, no ano de 1892, o grande teórico da área de Biblioteconomia, Shiyali Ramamrita Ranganathan obteve como primeira formação o título de matemático, passando a lecionar em várias das universidades locais. Contudo, foi em meio ao universo constituído pela biblioteca que ganhou grande renome, ingressando, então, na carreira logo após ter ocupado a vaga de bibliotecário na Universidade de Madras e, devido a isso, ter estudado organização de bibliotecas na Grã-Bretanha.
Retorna à Índia para trabalhar oficialmente na biblioteca da Universidade Madras e, logo em seguida, aperfeiçoou-se ao participar de várias palestras e conferências sobre classificação em diversos países, principalmente na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, algumas como ouvinte e em outras como preletor. Dessa forma, viu sua carreira ascender gradativamente, passando a ser solicitado, também, para publicar diversos artigos a respeito de sua teoria, o que lhe rendeu ingressar na Federação Internacional de Documentação (FID), tornando-se vice-presidente da mesma por vários anos.
Simultaneamente, passa a exercer a carreira de professor de Biblioteconomia na Universidade de Madras durante aproximadamente 40 anos, sendo admirado e respeitado pelos profissionais da área como aquele que revolucionou o processo de organização das bibliotecas.
A partir das observações que fizera nas diversas bibliotecas que visitou, foi formulou as Cinco Leis da Biblioteconomia, sobre as quais falaremos numa outra oportunidade:
1ª Lei: Os livros são para uso;
2ª Lei: A cada leitor o seu livro;
3ª Lei: Para cada livro seu leitor;
4ª Lei: Poupe o tempo do leitor;
5ª Lei: A biblioteca é um organismo em crescimento.
Falecido em 1972, deixa para os estudiosos e profissionais da nossa área um legado teórico bastante extenso e passível de ser adaptado às novas realidades, além de ter elevado a Biblioteconomia ao patamar de ciência, por isso, é considerado um dos pais fundadores do campo que se ramificara a partir dessa área: a Ciência da Informação (CI).
Ed!
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